12 de junho de 2009

EU FILM DAYS

Está a decorrer o Festival de Cinema Europeu, "EU FILM DAYS", no National Film Center, em Tóquio (www.eufilmdays.jp). Este festival é organizado pela Delegação da Comissão Europeia em Tóquio em colaboração com Estados Membros e NFC.
Parte dos filmes deste festival serão apresentados também em Quioto de 17 a 21 de Junho, no Instituto Goethe.

Portugal participa com o filme Juventude em Marcha de Pedro Costa.

10 de junho de 2009

Portuguese Republic Day - Japan Times


Still curious, still learning about each other after 460 years

On June 10th, Portugal celebrates its national day. It’s neither our Independence Day (866 years ago), or the date of a great historical event or military victory. On this particular day we celebrate Portuguese Culture and identity, being the anniversary of the death, in 1580, of one of the greatest renaissance poets, Luís de Camões, author of “The Lusíadas”. The June 10th is a celebration of Portugal’s openness towards the world, to other cultures and a celebration of a multicultural vision of life and mutual learning and understanding, which corresponded on its time to the percussion of the globalization of our days.
Celebrating the 10th of June in Japan is the most perfect symbol of this vision of multiculturalism. More than four and a half centuries ago, the first ambassadors from “the West” to reach Japan came from Portugal (1543). They established a deep and broad cultural exchange and long-lasting friendship between our two Nations separated by more than 10,000 kilometers and a world apart in language, religion and lifestyle. It has been a remarkable process the one that has kept such different people and cultures so interested and curious about each other. Such interest and curiosity have survived – and indeed increased – up to the present days, when knowledge circulates at unprecedented speed: the abundant information has only made Portuguese and Japanese all more eager to discover more about each other, as it is evidenced in areas such as the rapidly growing tourism market or academic exchanges. Our History together sets an example to the world, proving that through tolerance, openness, mutual learning and understanding, different cultures and civilizations will thrive together and build a safer and prosperous world.

For Japan and its people, Portugal is a symbol of European History and tradition as well as of a modern and dynamic country with a vibrant culture, one that awakens the interest of many Japanese scholars and artists. A representative number of Portuguese contemporary artists have some of their works all over Japan. Also Japanese companies have long discovered the vast opportunities that Portugal offers for investment and trade and the number of those which choose to base their European businesses there is constantly increasing.
Sharing the same democratic and humanist values and principles, Portugal and Japan are trustful partners, keeping a regular and fruitful political dialogue at all levels. Indeed, both governments enthusiastically prepare the celebrations of the 150th anniversary of the Peace, Friendship and Commerce Treaty between the two countries, with events to be held both in Portugal and Japan, through all 2010.
The future in the relations between Portugal and Japan is bright. Although 466 years have passed since the two countries first met, the same curiosity, the same interest about the differences and the surprising similarities, the same strong willingness to learn from “the other”, the same respect and affection that are the very groundwork of this friendship prevails, thus showing that Portuguese and Japanese are deeply committed in further developing this strong centuries-old relation, looking ahead to the future and embracing modernity.
On the occasion of Portugal´s National Day I make my best wishes for an ever deepened and strengthened friendship with Japan for the coming future.

Joao Pedro Zanatti
Ambassador of Portugal
Japan Times, June 10th 2009

9 de junho de 2009

Mensagem de Sua Excelência o Presidente da República às Comunidades Portuguesas por ocasião do Dia de Portugal, de Camões e Comunidades Portuguesas

Portugueses e luso-descendentes,

Neste Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, saúdo os Portugueses que vivem ou trabalham fora do seu País, bem como os luso-desecendentes que, nas sete partidas do mundo, mantêm acesa a chama da portugalidade.
“Quanto mais longe vou, mais perto fico”, foram palavras que Miguel Torga nos legou, num inesquecível poema. Torga conheceu e viveu a realidade da diáspora, sabia do que falava.
É essencial sabermos do que falamos, quando falamos da diáspora portuguesa. Por isso me tenho esforçado para contactar de perto as comunidades portuguesas dispersas pelo mundo.
Sempre que me desloco em visitas oficiais ao estrangeiro – como sucedeu este ano, na viagem que fiz à Alemanha - , procuro que o programa oficial inclua momentos de diálogo directo com as comunidades da diáspora.
É fundamental conhecermos a realidade concreta dos Portugueses que emigram. Só assim estaremos a par dos seus anseios, das sua necessidades, do seu amor à Pátria, do seu profundo e comovente desejo de preservar os laços que os unem a Portugal.
Mas estes laços têm de ser materializados em acções concretas. Não bastam meras palavras de apreço nem simples discursos de ocasião.
Não é possível construir uma relação autêntica com as comunidades tendo por base apenas proclamações retóricas sobre os afectos ou os sentimentos.
Deve garantir-se que os Portugueses da diáspora mantenham laços efectivos com o Portugal de onde partiram. Entre eles, avulta, naturalmente, o vínculo da cidadania. Por isso, defendi, através de actos concretos, que o exercício dos direitos cívicos pelos emigrantes fosse assegurado de forma plena.
Não esqueçamos que, como disse o escritor Mia Couto, a identidade dos emigrantes é uma “identidade fugidia”.
É imprescindível que a identidade dos nossos emigrantes não seja fugidia e que, com o passar dos anos, não se percam os elementos essenciais que ligam as comunidades da diáspora à terra de onde vieram. Porque essa terra tem um nome: Portugal.
E, como Portugueses que todos somos, temos um dever colectivo e patriótico: tornar real o que pode ser fugidio, construir uma identidade própria, capaz de superar as distâncias e as saudades.
No século XXI, em que as distâncias diminuem num mundo global, as questões relacionadas com a diáspora não podem continuar a ser tratadas através do tradicional discurso saudosista e passadista, em que se enaltecem os afectos mas se esquecem as realizações concretas.
Não por acaso, ainda ontem tive o gosto de distinguir com o “Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa” um jovem que, na Holanda, criou uma empresa de aplicações de “software” para telemóveis que factura 2 milhões de euros por ano e tem 70 milhões de utilizadores, e um português, residente na Califórnia, presidente de uma empresa agro-alimentar, a maior produtora de batata-doce biológica, que factura 30 milhões de euros por ano e emprega 700 pessoas.
Orgulho-me de ter contribuído para que a política da diáspora esteja mais atenta à necessidade imperiosa de manter intocados os direitos cívicos dos emigrantes.
Orgulho-me de Portugal e de ser Português. E, neste dia 10 de Junho, quero dizer muito vincadamente: orgulho-me de todos os que querem continuar a ser Portugueses.

MENSAGEM DO 10 DE JUNHO DE SEXA SECRETÁRIO DE ESTADO

Neste dia de celebração, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, num tempo de trabalhos mais difíceis, vividos à escala mundial, na economia e no emprego, exprimo a solidariedade do Governo de Portugal diante das dificuldades e a esperança em que nos diversos governos do mundo se construam as pontes para os compromissos duradoiros, principalmente nos domínios social e económico.
Portugal é um país que se estende muito para além do próprio espaço geográfico, é um país cuja “alma” vai muito para além de si, é uma Nação que cobre o mundo por via dos mais de cinco milhões de compatriotas que lançam raízes, projectam o valor da língua, promovem a cultura, a história, ou realizam o encontro como forma de relacionamento com as sociedades onde se inserem. Essa arrojada forma de ser convoca o Estado, permanentemente, para um renovado olhar das políticas direccionadas à Diáspora, consubstanciadas no desenvolvimento das condições efectivas para o exercício dos direitos de cidadania. Aí, tal como aqui.
Está fora do tempo e do lugar qualquer relação assente na retórica sentimentalista, ainda que mesclada pelo brilho atraente de bondosas acções. Falo, antes, deste tempo e deste lugar. Refiro a concretização de programas, a renovação e implementação de novos serviços e novas modalidades de acesso, cuja finalidade consiste na sua qualificação e utilidade, tendo em vista garantir os direitos de cidadania. Importa, antes de mais, promover a igualdade de tratamento e de oportunidades, dimensionar as políticas sociais, educativas, culturais ou económicas que se praticam no país, de modo a levar em conta os concidadãos residentes no estrangeiro.
Hoje Portugal está em condições de dar esse passo, feitas que foram as adaptações técnicas nas representações diplomáticas e consulares, das mais avançadas do mundo ao nível tecnológico, com capacidade de resposta muito próxima das criadas no país. A mais que tradicional tese da saudade, aquela que nos apega ao marcar passo, a que está associada a mecanismos de contemplação ao passado, explicou pouco do muito que estava em falta. Os afectos, remetendo a saudade para essa categoria de sentimentos, são muito importantes para construir e reforçar os laços de vinculação colectiva à Língua de Camões e à História de Portugal, sem as quais não havia pertença. Mas nenhuma comunidade, expatriada ou não, pode viver apenas dos rendimentos desse património, por mais rico que ele seja.
Agir, fazer, levar próximo o Portugal moderno é uma exigência cívica e política que o Governo cumpre com honra e orgulho. Construir igualmente uma interactividade que traduza o potencial inexplorado da exportação do melhor de Portugal através das comunidades e que consiga trazer de volta para o país mais conhecimento ou experiências, é uma necessidade reconhecida.
Valorizar os Portugueses que trabalham no estrangeiro, quer por sinais públicos de mérito, quer na criação das condições para o exercício dos direitos de cidadania é uma constante programática cuja concretização vê a luz do dia nas mais diversas iniciativas, desde a modernização consular até ao “Talentos” ou “Lusavox”. Este é o tempo que nos coube viver. As dificuldades da actual conjuntura global constituem novos incentivos, radicados no património histórico de quase novecentos anos. Ser Português é partilhar dessa honra.
Dr. António Braga
(Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas)

8 de junho de 2009

Mariza actua pela primeira vez no Japão em Outubro


(Lusa 06 Junho 2009)


Mariza irá este ano, pela primeira vez, ao Japão, disse à Lusa a cantora que acrescentou que em Julho actuará com Chucho Valdez no North Sea Jazz Festival, na Holanda.

"Finalmente irei ao Japão, estão reunidas as condições que pretendia, e em Outubro irei apresentar-me em Tóquio e noutras cidades", disse Mariza à Lusa.

A cantora afirmou que a ida ao Japão se integra na digressão asiática que a levará também à Austrália.

Macau, Coreia do Sul e Tailândia, onde a fadista já actuou, são outras etapas desta viagem ao Oriente.

No próximo mês de Julho Mariza actuará em Roma no Auditorium Parco della Musica Cavea e em Milão, no Festival Villa Arconati.

Também em Julho, na Holanda, Mariza integra o cartaz do North Sea Jazz Festival, onde subirá ao palco ao lado do pianista cubano Chucho Valdez.

Desde o seu lançamento, em Junho de 2008, o álbum "Terra" obteve duas nomeações para os Grammy Latinos, e foi dupla platina em Portugal (40 mil discos vendidos).

Este ano Mariza recebeu o Globo de Ouro para a Melhor Intérprete nacional.

A intérprete de "Alfama", tema de Amália que incluiu neste álbum, tem-se apresentado desde o Verão do ano passado em Espanha, Andorra, Bélgica, Holanda, Bulgária, Alemanha, Reino Unido, Suíça, Áustria, Noruega, Hungria, França, Letónia, Sérvia, num total de 116 espectáculos.

Em Maio terminou a mais longa digressão à América do Norte, onde actuou durante três meses em palcos canadianos e norte-americanos.

Em declarações à Lusa, a criadora de "Pequenas verdades" afirmou ser "muito bem recebida" nos Estados Unidos, onde uma televisão local prepara um documentário sobre a sua carreira prestes a fazer dez anos.