O que me comove no Japão é a beleza (arte) que pode ser encontrada até nos espaços mais simples e singelos.” Assim o Senhor Embaixador descreveu a profunda e a serena impressão que teve no seu primeiro contacto com o Japão.
“O espaço de um quarto de tatami de uma casa na área rural é preenchido por uma pequena mesa, uma chaleira de aço ou uma peça de laca. Nesta estética, nesta simplicidade é que sinto a quinta-essência da beleza japonesa.”
A forma de apresentação dos pratos japoneses também impressionou muito o Senhor Embaixador, que diz “A gastronomia japonesa não é só rica e de boa qualidade mas o espectacular é a forma de sua apresentação que é elegante, bonita e chique”.
Podem ser encontrados muitas testemunhas do relacionamento secular entre os dois países também na área da culinária. Como o escabeche, o compeito, a castela, os fios de ovos e muitos outros. Também na língua japonesa e portuguesa podemos verificar este intenso intercâmbio nas palavras como biombo e catana em Portugal e uma quantidade ainda maior no Japão.
No próximo ano, Portugal e o Japão vão celebrar os 150 anos da assinatura ao Tratado de Paz, Amizade e Comércio, que para ambos os países significou não o encontro, mas o reencontro. Para homenagear este acontecimento histórico, serão desenvolvidos no Japão diversos eventos, incluindo a apresentação de uma peça portuguesa em Noh, que é uma das mais tradicionais e antigas forma de expressão da cultura japonesa.