A Cimeira da NATO é histórica para Portugal, uma vez que é a primeira cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Aliança Atlântica a realizar-se em Lisboa, afirmou o Ministro da Defesa Nacional, Santos Silva, no final do Conselho de Ministros. Mas é também histórica para a Organização porque aprovará um novo conceito estratégico que vai em dois sentidos defendidos por Portugal: um multilateralista - a NATO passa a coordenar a sua participação na gestão de crises com as organizações mundiais, nomeadamente, a ONU -, e outro de parcerias. Neste, destacam-se desde logo as parcerias com a ONU, a União Europeia e a Rússia, marcando o fim último da guerra fria e da rivalidade mútua e abrindo caminho à colaboração no Afeganistão e à sua inclusão no sistema de defesa antimíssil.
Espera-se ainda a aprovação de uma decisão sobre a transição e o apoio à formação das forças do Afeganistão, e a criação de uma parceira estratégica NATO-Afeganistão, que implica a continuação do apoio aos esforços afegãos de estabilização, após a saída das forças internacionais, em 2015.