Com a devida vénia ao "Diário de Notícias", transcrevemos uma notícia publicada na edição de 5 de Dezembro, intitulada "Entronização de Akihito assinalada em Lisboa":
Por ocasião do 20.º aniversário da entronização do Imperador Akihito, a Embaixada do Japão em Portugal realizou quinta-feira uma recepção em Lisboa, em que foi igualmente assinalado o aniversário do monarca nipónico, que se celebra no próximo dia 23. A ocasião serviu ainda para recordar que 2010 constitui um marco nas relações luso-nipónicas, ao perfazerem-se 150 anos da assinatura do primeiro tratado de paz, amizade e comércio entre os dois países.
A assinatura daquele documento a 3 de Agosto de 1860 institucionalizou uma relação que, de facto, fora iniciada três séculos antes com a chegada dos navegadores portugueses à ilha de Tanegaxima, em 1543. Uma relação que se prolongou ao longo dos tempos, sob diferentes formas, e que encontrou, do lado português, exemplo elevado em Wenceslau de Moraes. Este foi observador informado da vida e costumes do Japão, país onde viveu na transição do século XIX para o XX, e sobre o qual deixou importante testemunho na sua obra.
Mais recentemente, a relação luso-nipónica foi alvo de distinção especial quando, na Expo'98, foi mostrada em primeira mão mundial a inestimável colecção de conchas marinhas do imperador Hirohito, pai do presente monarca.
Enquanto em Lisboa cerca de 350 figuras da vida nacional e elementos do corpo diplomático se encontravam na residência do embaixador, no mesmo dia mais de 50 mil pessoas concentraram-se diante do Palácio Imperial, em Tóquio, para participarem nas celebrações que assinalaram a entronização de Akihito como imperador da mais antiga monarquia hereditária do mundo. Neste dia, o Imperador reuniu-se com a imprensa em que sublinhou a importância das novas gerações japoneses não esquecerem as lições da história.
Entre as personalidades presentes contaram-se o Secretário de Estado da Justiça, João Correia, o Embaixador Vasco Valente, SG do MNE, Simonetta Luz Afonso, Rosa Mota e Carlos Monjardino, presidente da Fundação Oriente.