31 de dezembro de 2010

BOM ANO



A Embaixada de Portugal em Tóquio deseja a todos os visitantes do blog votos de um excelente ano de 2011. Até para o ano!

30 de dezembro de 2010

Visitar Virtualmente os Museus e Monumentos Portugueses

Através destas ligações DIRECTAS é possível visitar virtualmente alguns dos principais museus portugueses:
Mosteiro dos Jerónimos - Lisboa
http://3d.culturaonline.pt/Content/Common/VirtualTour/Index.htm?id=75047666-4597-4a28-ae77-9b7567c4732b

Convento de Cristo - Tomar
http://3d.culturaonline.pt/Content/Common/VirtualTour/Index.htm?id=82e66d80-439e-4f29-bc9b-576e98efee57

Mosteiro da Batalha
http://3d.culturaonline.pt/Content/Common/VirtualTour/Index.htm?id=42bb5d98-e786-4f02-bb5f-2aa349af28dd

Mosteiro de Alcobaçahttp://3d.culturaonline.pt/Content/Common/VirtualTour/Index.htm?id=c26617b5-acd3-422e-998f-5bd163a99efc

link's indirectos - Depois de entrar na página click em visita virtual

Fortaleza de Sagres
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Monumentos/Pages/Fortaleza_Sagres.aspx

Mosteiro Santa Clara Velha - Coimbra
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Monumentos/Pages/Mosteiro_Santa_Clara_Velha.aspx

Mosteiro de São Martinho Tibães - Braga
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Monumentos/Pages/Mosteiro_Sao_Martinho_Tibaes.aspx

Museu Grão Vasco - Viseu
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Museus/Pages/M_Grao_Vasco.aspx

Museu Nacional do Azulejo - Lisboa
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Museus/Pages/M_Nacional_Azulejo.aspx

Museu Nacional de Arte Antiga - Lisboa
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Museus/Pages/M_nacional_arte_antiga.aspx

Palácio Nacional da Ajuda - Lisboa
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Palacios/Pages/PN_Ajuda.aspx

Museu Soares Dos Reis - Portohttp://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Museus/Pages/M_Soares_Reis.aspx

Palácio Nacional de Mafrahttp://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Palacios/Pages/PN_Mafra.aspx

Palácio Nacional de Queluzhttp://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Palacios/Pages/PN_Queluz.aspx

Palácio Nacional de Sintrahttp://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Palacios/Pages/PN_Sintra.aspx

Torre de Belém - Lisboahttp://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Monumentos/Pages/Torre_Belem.aspx

29 de dezembro de 2010

Uma biblioteca em Português nas prisões de Osaka e Fuchu (Tóquio)



Correspondendo a um pedido da Amnistia Internacional, a Embaixada de Portugal em Tóquio colaborou com aquela organização no sentido de ser constituída uma biblioteca com livros em português nas duas prisões do Japão onde existe maior número de presos estrangeiros: na prisão de Osaka e na prisão de Fuchu (Tóquio). Aquelas prisões dispõem já de boas bibliotecas mas com um número limitado de livros em línguas estrangeiras, nomeadamente em português. Passam assim a dispôr de uma colecção de livros editados na nossa língua e que podem ser lidos e consultados pelos presos lusófonos ou que entendem a língua portuguesa.

28 de dezembro de 2010

Portugal, o primeiro país da Europa a receber carros eléctricos

No passado dia 22 de dezembro, o Primeiro-Ministro, Eng. José Sócrates, presidiu à entrega dos 10 primeiros veículos eléctricos da Nissan na Europa, afirmando que há três razões principais para apostar neste tipo de automóvel: «Não faz barulho, não tem emissões de CO2 e liberta os países da dependência do petróleo, através da promoção das energias renováveis». Na apresentação que decorreu em Lisboa, José Sócrates acrescentou que «são estas as três razões que desde o início me levaram a querer pôr o meu País na linha da frente pelo futuro, pela aceitação do carro eléctrico como um carro que virá modificar as nossas cidades e os transportes em toda a Europa». Este tipo de veículos «incentiva as energias renováveis, dá um impulso aos países que querem reduzir as importações de petróleo, melhora a actividade económica e vem dar um novo fôlego às políticas ambientais».
O PM afirmou que só através de um «quadro de incentivos os Estados conseguem promover o carro eléctrico», de forma a que não seja usado apenas pelos grupos sociais com maiores preocupações ambientais: «O carro eléctrico tem que ser competitivo e por isso precisamos de incentivos financeiros», pelo que o Governo incluiu no Orçamento do Estado para 2011 vários incentivos à compra de carros exclusivamente eléctricos, entre os quais um desconto no preço final e isenções de impostos.
A Nissan entregou os primeiros dez carros eléctricos na Europa, nove a empresas que integram o consórcio Mobi-e (a rede de mobilidade eléctrica portuguesa), e um ao Governo. O vice-presidente da Nissan Motor, Carlos Tavares, referiu que «os automóveis eléctricos são vitais para o futuro da indústria automóvel». «Para as sociedades preocupadas com a sustentabilidade do planeta, os automóveis eléctricos são uma das respostas no controlo das alterações climatéricas, sem esquecer a qualidade do ar e o conforto da vida urbana».
Portugal foi escolhido pela Nissan para a entrega dos seus primeiros 10 veículos eléctricos, em reconhecimento pelo trabalho desenvolvido na área da mobilidade eléctrica e do pioneirismo do Programa Mobi.E, destacando-se como o primeiro país do mundo a implementar uma rede de carregamento para veículos eléctricos com uma escala nacional.
A rede Mobi.E tem já mais de 150 postos instalados e terá, até ao final do primeiro semestre de 2011, mais de 1300 pontos de carregamento normal e 50 pontos de carregamento rápido, distribuídos por 25 municípios de todo o País, sendo a primeira rede inteligente para a mobilidade eléctrica considerada de referência a nível mundial.

27 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal do Primeiro-Ministro de Portugal, José Sócrates

Esta é uma época especial do ano para todos, crentes e não crentes. Uma época de reunião familiar, de celebração da paz e do espírito de reconciliação e solidariedade. Por isso, nesta quadra, cumpro com gosto a tradição de dirigir a todas as famílias e a todos os portugueses uma breve mensagem de Natal.
O ano que está prestes a terminar foi, sem dúvida, um dos mais difíceis e exigentes da nossa história recente. A verdade é que estamos ainda a sentir os efeitos da maior crise económica mundial dos últimos 80 anos.
Apesar dos animadores sinais de recuperação económica que se registaram ao longo deste ano - na Europa e também aqui em Portugal, em particular com o bom crescimento das nossas exportações - a crise deixou as suas marcas, que ainda aí estão.
Um dos efeitos da crise global, que acabou por condicionar todo este ano de 2010, foi a séria crise de confiança que se abateu nos mercados financeiros sobre as dívidas soberanas dos países do Euro. Esta situação, sem precedentes na União Europeia, levou à subida injustificada dos juros, e afectou todas as economias europeias. Basta, aliás, ver o que passa lá fora para se compreender a dimensão europeia desta crise que a todos afecta embora a alguns países de forma mais intensa.
A verdade é que todos os governos europeus tiveram este ano de fazer ajustamentos nas suas estratégias e tiveram de adoptar medidas difíceis e exigentes, de modo a antecipar a redução dos seus défices como forma de contribuir para a recuperação da confiança nos mercados financeiros.
O Governo português tomou as medidas necessárias para enfrentar esta situação. Com confiança, com sentido de responsabilidade e com determinação. Definiu metas ambiciosas para 2010 e 2011 que vamos cumprir. O que está em causa é da maior importância. O que está em causa é o financiamento da nossa economia, a protecção do emprego, a credibilidade do Estado português, e o próprio modelo social em queremos viver.
Tenho plena consciência do esforço que está a ser pedido a todos os portugueses. Mas quero que saibam que este é o único caminho que protege o País e que defende o interesse nacional. Caminho que temos de percorrer com determinação, para que possamos, finalmente, virar a página desta crise e garantir um futuro melhor para a nossa economia e para todos os portugueses.
Os portugueses sabem que não sou de desistir, nem sou de me deixar vencer pelas dificuldades. Pelo contrário. É nestes momentos que mais sinto a energia interior e o sentido do dever para apelar à mobilização dos portugueses. E sinto, aliás que nesta atitude sou acompanhado pela maioria dos portugueses que souberam sempre, nestas alturas, dar o melhor de si próprios para superar as dificuldades do momento. 
De facto, esta não é uma tarefa apenas para quem governa. Tem de ser também uma tarefa do País. É por isso que o Governo tem atribuído tanta importância ao esforço de concertação e de diálogo social. Foi nesse espírito que lançámos recentemente as 50 medidas da nossa agenda para a Competitividade e o Emprego; que acordámos com as Misericórdias, Mutualidades e Instituições Particulares de Solidariedade Social o reforço da cooperação para o apoio social no próximo ano; e que, nos últimos dias, negociámos com os parceiros sociais os termos do aumento do salário mínimo nacional para os 500 Euros já no próximo ano.
Tudo faremos para consolidar este ambiente de concertação e de diálogo social. Porque ele é muito importante para, em conjunto, irmos mais longe. E para darmos razões acrescidas de confiança na economia portuguesa.
Nestes anos o País mudou, mudou muito e em muitas áreas. Na energia com a aposta nas renováveis, nas tecnologias de informação, na investigação científica e noutros domínios essenciais para a modernização do País. Mas há uma área em especial de que quero falar-vos hoje, que é a educação, porque ela é bem o exemplo de que as reformas, feitas com sentido e determinação, produzem bons resultados.
Um estudo internacional recente – que é aliás a referência para todos os países do mundo – revelou que nos últimos anos os nossos alunos fizeram progressos assinaláveis em todas as áreas. Este progresso colocou, finalmente, Portugal na média da OCDE, que inclui os trinta países mais desenvolvidos do mundo. E Portugal foi mesmo um dos países que mais progrediu nos domínios da leitura, da matemática e da ciência.
Mas este progresso não foi um resultado isolado ou ocasional. A verdade é que há outros domínios igualmente importantes em que Portugal já alcançou o nível dos países mais desenvolvidos. 81% dos nossos jovens entre os 15 e os 18 anos frequentam a escola; 35% dos jovens com 22 anos estão hoje no ensino superior. Estes são resultados que nos colocam, finalmente, no patamar educacional dos países mais desenvolvidos.
E sublinho este progresso na educação porque ele é essencial para o futuro. Essencial para o êxito pessoal dos nossos filhos, para a igualdade de oportunidades no nosso país; e para o sucesso da nossa economia.
Preparar o futuro, fazer o caminho das reformas, não desistir à primeira dificuldade, andar em frente – é esse o caminho para alcançar resultados.
É, pois, uma palavra de confiança que quero dirigir, neste Natal, a todos os portugueses. Temos de superar as dificuldades do momento, garantindo o financiamento do Estado e da economia. Mas temos também de pôr em prática uma agenda de crescimento da economia e do emprego, fazendo-o com diálogo e concertação social. E temos de prosseguir nas reformas estruturais nos sectores, como a energia, a educação, a ciência, a tecnologia, que sustentam o desenvolvimento e a coesão social. É verdadeiramente isto que o País exige, e é nisto que os portugueses estão empenhados: em construir um País melhor.
Em nome do Governo e em meu nome pessoal, gostaria de desejar a todos os portugueses um Feliz Natal. Impõe-se uma palavra especial a todos os nossos concidadãos que passam esta quadra longe das suas famílias. Aos militares das Forças Armadas e aos elementos das Forças de Segurança, que se encontram no estrangeiro, às comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. A todos quero expressar reconhecimento e orgulho pelo trabalho que desenvolvem honrando e dignificando o nome de Portugal.
Feliz Natal!

26 de dezembro de 2010

Exposição no Museu do Oriente, em Lisboa: ENCOMENDAS NAMBAN. OS PORTUGUESES NO JAPÃO DA IDADE MODERNA


ENCOMENDAS NAMBAN
ENCOMENDAS NAMBAN. OS PORTUGUESES NO JAPÃO DA IDADE MODERNA

É um título ambicioso o que foi escolhido para esta exposição. Duplamente ambicioso: porque a cultura material a que se reporta agrupa uma variedade apreciável de tipologias, formas e suportes, e porque aponta para um universo sobre o qual muito pouco se sabe: o da encomenda da arte namban no contexto da presença portuguesa no Japão desde a 2ª metade do século XVI até cerca de 1640.

As balizas cronológicas apontadas correspondem à da permanência dos Portugueses em território japonês: deca.1543, data do desembarque em Tanegashima, até 1639, ano do derradeiro édito de expulsão. Porém, e à semelhança da própria geografia que o fenómeno namban abarca, também elas estão longe de dever ser entendidas como barreiras estanques ou fronteiras temporais limitadas.

O projecto expositivo que se apresenta visa, pois, introduzir uma nova abordagem ou contextualização da arte nambannuma exposição que é constituída por quatro núcleos diferenciados compostos por um total de aproximadamente 60 peças provenientes de colecções públicas e privadas. A articulação dos quatro núcleos pretende enquadrar o fenómeno namban do ponto de vista da encomenda, dos circuitos existentes, dos mercados a que se destinava e dos agentes que lhe estiveram associados.

O 1º núcleo, intitulado A Arte da Guerra, é constituído exclusivamente por objectos relacionados com a arte da guerra, remetendo para o enquadramento político do Japão durante toda a segunda metade do século XVI e primeiros anos do século XVII, coincidente portanto com a chegada dos namban-jin. São peças que testemunham o contacto estabelecido entre a elite militar japonesa e os Portugueses, tanto mercadores como missionários, introduzindo desta forma a presença europeia no país nas suas duas principais vertentes: comércio e religião.

Com o 2º núcleo, Arte Kirishitan, procura-se chamar a atenção para a vertente cristã (kirishitan) da artenamban, através de um corpus de peças cuja encomenda está indissociavelmente ligada à presença das ordens religiosas no Japão, tendo cabido à Companhia de Jesus um papel preponderante.

O 3º núcleo, De Lisboa ao Japão, é central no discurso expositivo e visa estabelecer um contraponto entre as tipologias introduzidas pelos namban-jin no Japão, de origem europeia, e a decoração em laca japonesa, de acordo com o novo gosto introduzido pelos Portugueses.

Olhares sobre os Namban-jin é o título do 4º núcleo da exposição e aponta, desde logo, para o facto de serem raras, no âmbito da arte portuguesa, as representações dos Portugueses e da população luso-asiática em contexto ultramarino.

Piso 1, Ala Nascente, 17 Dezembro de 2010 a 31 Maio de 2011

23 de dezembro de 2010


BOM NATAL!


A Embaixada de Portugal em Tóquio deseja a todos votos de um Feliz Natal.

João Pedro Zanatti
Embaixador de Portugal em Tóquio
Natal - 2010

22 de dezembro de 2010

MENSAGEM DE NATAL DE S.EXA. O SECRETÁRIO DE ESTADO DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS



Inspirada na cultura judaico-cristã, manda a tradição portuguesa celebrar a quadra natalícia, que cada ano se renova, como um tempo que se dá especialmente à família, aos outros, à paz. É um espaço assinalado de reencontro desejado entre todos, no respeito pela diferença, certamente, mas cada vez mais inscrito na responsabilidade colectiva que a construção do dever reclama. É, também, uma oportunidade renovada de reflexão, de reconciliação com a memória da Diáspora, com aqueles compatriotas que, longe do seu país e das suas famílias, vivem intensamente os efeitos da ausência, marcados pela entrega diária às jornadas de duro trabalho, nas mais indistintas regiões e empresas.

Mas esta celebração ocorre, agora, num tempo e num mundo composto de novas e ingentes perplexidades que colocam a todos as mais exigentes necessidades de concertação e solidariedade. Nesta circunstância, individual ou colectiva, a globalização das problemáticas, designadamente as questões sociais, torna a mobilização da Diáspora portuguesa mais oportuna conquanto ela possa constituir-se como uma base sólida para cooperar na procura de soluções diante das dificuldades e dos desafios.

Saúdo, por isso, o empenho e o excelente trabalho social desenvolvido pela generalidade das associações das comunidades portuguesas cujo sucesso tem permitido a muitos o reencontro com a oportunidade de recomeçar ou o conforto da solidariedade. Sendo este um tempo de especiais dificuldades, num mundo a atravessar a mais grave crise económica de que há memória, Portugal não esquece os seus nacionais que vivem fora e a cujos percursos de vida mais difíceis junta os sinais de acompanhamento sempre que ele é mais necessário.

Saúdo os cooperantes, professores, militares, missionários e tantos compatriotas inseridos em organizações internacionais espalhadas pelo mundo, a quem dirijo uma palavra de gratidão pelo esforço pessoal e familiar, pelo insubstituível contributo que dão na construção da paz e na ajuda ao desenvolvimento que tanto prestigia Portugal e os portugueses.

Aos jovens, que ultimamente procuraram e encontraram novas e diferentes oportunidades que o espaço da União Europeia – de que Portugal faz parte – permite e incentiva, quero dizer-lhes também que o país não os esquece, pelo contrário, acompanha-os, nomeadamente modernizando e dotando de mais qualificados instrumentos, em progresso constante, as estruturas consulares e diplomáticas de forma a melhor responder às novas exigências que os novos tempos transportam. Há, apesar de tudo, uma mensagem de esperança na sua saída com a expectativa do seu regresso, enriquecidos já de outras experiências que certamente colocarão ao serviço do país num futuro próximo.

O mestre Agostinho da Silva falava no mundo como algo que se vai esculpindo. Os portugueses da Diáspora são conhecidos esculpidores desse mundo. Agora, com a globalização em mãos, há novas e importantes etapas pela frente, para além da inserção social económica, cultural e política nos países de acolhimento. As emergentes modalidades de envolvimento económico, a urgente e incontornável internacionalização da economia nacional, fazem recrudescer o desafio à constituição de uma frente alargada e organizada de Portugal nessas sociedades.

As comunidades portuguesas podem facilitar a comunicação de Portugal com o mundo, quer nos cenários da política internacional, quer na promoção das relações económicas e comerciais, apoiando a internacionalização do tecido empresarial português ou no intercâmbio de experiências altamente especializadas, indispensáveis ao progresso das sociedades.

Neste novo contexto de relacionamento com os portugueses residentes no exterior, o Governo continuará a desenvolver esforços tendo em vista aproximar mais Portugal das comunidades portuguesas, designadamente através de crescente implementação e promoção da língua portuguesa, de programas económicos envolvendo os empresários da Diáspora, estreitando o relacionamento com os luso-eleitos, promovendo a aproximação com os cientistas, intelectuais e demais áreas de influência.

Com este espírito de confiança e de esperança no presente para a superação das dificuldades, desejo um Feliz Natal e formulo votos de que o ano de 2011 traga a todos paz e prosperidade.

António Braga

21 de dezembro de 2010

ELEIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA - 2011


As eleições presidenciais em Portugal realizam-se dia 23 de Janeiro de 2011. No estrangeiro as assembleias de voto estarão abertas dias 22 e 23 de Janeiro, das 8h às 19h. No caso do Japão, a assembleia funciona na Secção Consular da Embaixada de Portugal em Tóquio (mais informações serão oportunamente disponibilizadas).

Alterações introduzidas recentemente à lei eleitoral vieram permitir alargar o universo de eleitores que pode recorrer ao voto antecipado, vivendo no estrangeiro.

Assim, e nos termos legais, podem votar antecipadamente os eleitores que, estando inscritos no recenseamento em Portugal e não estando em Portugal no dia 23 de Janeiro, se enquadrem nalguma das seguintes condições:

a) Os militares que no dia da realização da eleição estejam impedidos de se deslocar à assembleia de voto por imperativo inadiável do exercício das suas funções.
b) Os agentes de forças e serviços que exerçam funções de segurança interna nos termos da lei, bem como os bombeiros e agentes da protecção civil que se encontrem em situação análoga à prevista na alínea anterior.
c) Os eleitores que por força da representação de qualquer pessoa colectiva dos sectores público, privado ou cooperativo, das organizações representativas dos trabalhadores ou de organizações representativas das actividades económicas, e, ainda, outros eleitores que, por imperativo decorrente das suas funções profissionais, se encontrem impedidos de se deslocar à assembleia de voto no dia de eleição.
d) Militares, agentes militarizados e civis integrados em operações de manutenção de paz, cooperação técnico-militar ou equiparadas.
e) Médicos, enfermeiros e outros cidadãos integrados em missões humanitárias, como tal reconhecidas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
f) Investigadores e bolseiros em instituições universitárias ou equiparadas, como tal reconhecidas pelo ministério competente.
g) Estudantes inscritos em instituições de ensino ou que as frequentam ao abrigo de programas de intercâmbio.
h) Os eleitores doentes em tratamento no estrangeiro, bem como os seus acompanhantes.
i) Os cidadãos eleitores cônjuges ou equiparados, parentes ou afins que vivam com os eleitores mencionados nas alíneas d) a h).

O voto antecipado - apenas e só para os eleitores que se enquadrem nestas situações - tem lugar nos dias 11, 12 e 13 de Janeiro, na Secção Consular da Embaixada de Portugal, dentro do horário habitual de abertura ao público.

O eleitor que pretenda exercer o seu direito de voto antecipado deve deslocar-se à Embaixada naquelas datas com um documento de identificação (BI, passaporte ou cartão do cidadão) e fazer prova do número de inscrição no recenseamento e do impedimento invocado, apresentando documento assinado pelo seu superior hierárquico, pela entidade patronal ou outro que comprove a existência do impedimento ao normal exercício do direito ao voto, em Portugal, no dia 23 de Janeiro.

20 de dezembro de 2010

Exposição no Museu do Oriente, em Lisboa: JOSÉ DE GUIMARÃES NO JAPÃO. OBRAS PÚBLICAS 1994- 2010

JOSÉ DE GUIMARÃES
JOSÉ DE GUIMARÃES NO JAPÃO. OBRAS PÚBLICAS 1994- 2010

Maquetas e fotos de obras públicas da autoria de José de Guimarães, instaladas em cidades do Japão, podem ser vistas no Museu do Oriente até 9 de Janeiro de 2011.
A mostra, instalada no Átrio do museu, apresenta um total de 22 maquetas, 17 fotografias e 14 livros representando a obra pública que José de Guimarães realizou no Japão entre 1994 e 2010.
A obra pública do artista, resultante da escultura moderna aplicada a matérias-primas industriais, integra-se nos processos de requalificação urbana locais, interagindo com o quotidiano dos cidadãos e defendendo a preservação ecológica e patrimonial, numa perspectiva moderna e cosmopolita.       
José de Guimarães descreve, deste modo, o seu já longo trabalho em território japonês:
"De entre os vários países do mundo onde tenho realizado obras de arte pública, o Japão é, sem dúvida, onde mais profundamente as minhas obras se encontram espalhadas e onde realizei distintos e vários projectos – variados nas formas e nos conceitos. Tão variados que vão desde os desenhos de uma importante sinalética, peças únicas, para a Biblioteca de Miagy, em Senday, até ao conjunto de esculturas de grande porte para o “Caminho de Meditação” de Tsumari, ou para o “Adress Project” de Daikanyama ou o “Faret” em Tachikawa, ambos em Tóquio. Ou ainda o recente projecto de Setouchi (2010) – construção de vários equipamentos urbanos em sete ilhas do mar interior – esculturas de informação, com especificidades inerentes a cada uma das ilhas. Mas, Kushiro foi sem dúvida o mais complexo e completo dos projectos japoneses. Kushiro é uma cidade numa ilha piscatória situada na ilha de Hokaido, que sofre as influências dos ventos frios da Sibéria e onde residem os Ainus, os primeiros estrangeiros mongóis que habitaram o Japão e que, no século XVIII, foram dizimados pelos habitantes do sul. Os problemas sociológicos daí inerentes, aliados ao clima deprimente – nevoeiro permanente durante parte do ano – fazem decrescer a população, com abandono dos jovens para os grandes centros urbanos. Era necessário amenizar este problema. Para isso, propôs-se uma intervenção através da criação de um conjunto de objectos/esculturas fortemente coloridas e com luz de néon, disseminados por uma extensa área. Equipamentos urbanos, postos de informação e abrigos, fontes, pavimento com desenhos, grandes totens de iluminação, luminárias com luz de fibra óptica, elementos de néon integrados em edifícios, etc. Este projecto foi inaugurado há 10 anos, continua actual e com grande aceitação por parte da população local.
Hoje mais de 400 peças únicas de arte pública podem ser vistas no Japão.”
José de Guimarães, 2010

17 de dezembro de 2010

Prémio APCOR 2010

Inserida nas celebrações dos 150 anos da assinatura do Tratado Luso-Nipónico, no passado dia 10 do corrente, realizou-se na residência da Embaixada, juntamente com APCOR (Associação Cortiça Portuguesa) uma cerimónia, seguida de recepção, para assinalar a inauguração “prémios APCOR Japão Cortiça Natural”. Estes prémios, com carácter anual, propõem-se distinguir doravante instituições ou empresas que optem pela utilização, nas suas instalações, de produtos de cortiça portuguesa. 

Este ano, para o prémio “outstanding interior design in cork” foram distinguidos os directores e proprietários do prestigiado Museu Nezu, de Tóquio, bem como o arquitecto Kuma Kengo (um dos mais prestigiados do Japão), que utilizou soalho de cortiça na renovação daquele espaço cultural. 

Para a categoria de “innovative use of cork’s natural qualities” foram distinguidos Directores do Oriental Hotel Tokyo, nesta capital, por terem introduzido soalhos de cortiça em quartos destinados a crianças. 

De entre cerca de 70 convidados presentes, de referir representantes de ateliês de arquitectura e design de Tóquio, bem como da imprensa especializada. Dr. Paulo Trancoso, representante APCOR e Grupo Amorim em Tóquio, informou na ocasião, que após dois anos de redução exportações cortiça para construção, 2010 seria ano recuperação com aumento exportação para Japão da ordem dos 50%. 












Em cima, 3 arquitectas portuguesas a trabalhar em Tóquio: Anabela Kondo, Marta Pedro e Rita Topa.



15 de dezembro de 2010

7.º Concurso de Oratória de Língua Portuguesa, da Universidade Kanda de Estudos Internacionais (Chiba)

Realizou-se no passado dia 4 de Dezembro, na Universidade Kanda de Estudos Internacionais, a 7ª edição do Concurso de Oratória lusófona, promovido pelo Departamento de Línguas e Cultura (cerca de 150 alunos na secção de português). Como habitualmente, a embaixada esteve representada, tendo feito parte do júri os Drs. Paulo Chaves e Duarte Bué Alves (que foi ainda composto pela Adida Cultural da Embaixada do Brasil e por uma professora de português da Universidade Yokohama).

Os doze participantes foram divididos em três grupos (consoante nível de domínio de língua) e prestaram provas, recitando poemas e apresentado um texto que eles próprios escreveram e respondendo a uma entrevista.

Alunos vencedores de cada categoria receberam, entre outros prémios (dicionários, diplomas, selos comemorativos dos 150 anos Tratado Amizade), um cheque-livro e livros sobre cultura portuguesa, oferecidos pelo Centro Cultural da Embaixada. Todos os participantes receberam ainda pequenas lembranças da Embaixada. Vencedores foram Kasane Suzuki (categoria nível 1), Mai Kusuda (nível 2-3) e Michinori Katsuta (nível 4).